Protocolo de AVC é tema de palestra no Hospital Regional do Oeste

Colaboradores, residentes médicos, multiprofissionais e uniprofissionais participaram nesta terça-feira (22) da palestra “Protocolo de Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, com o Dr. Rafael Arruda, neurocirurgião do Hospital Regional do Oeste (HRO).

A palestra, que também foi aberta ao público em geral, teve como principal objetivo familiarizar as equipes do HRO com o protocolo, reforçar as principais condutas tomadas e debater sobre como este está sendo aplicado na instituição.

Durante o evento, foram apresentadas uma revisão do protocolo e exemplos práticos de atendimento, além de cuidados após a avaliação, exames e o tratamento trombolítico. “Sabemos que o tratamento com o trombolítico, associado à trombectomia quando indicado, é o tratamento médico com maior chances de melhora. Mas sem o cuidado multidisciplinar para reabilitação e apoio, existe um caminho muito mais longo e difícil para o paciente. A integração entre as equipes para oferecer o melhor cuidado no tempo indicado é essencial para o paciente que está no protocolo”, afirma o neurologista.

A palestra destacou o trabalho integrado dentro do HRO na atenção ao paciente com AVC. “Todos temos acesso diário ao protocolo de AVC do HRO, de forma direta ou indireta. O contato com o protocolo vai ajudar a reforçar condutas, rever e corrigir possíveis detalhes que não estejam sendo vistos e permitindo o aperfeiçoamento”, reforça o neurologista.

O protocolo serve para automatizar condutas que são extremamente importantes para o paciente, que vão desde uma avaliação da glicemia capilar (HGT) até os exames de imagem feitos. Pois a sequência adequada e segurança pela equipe permitem que erros sejam evitados e o serviço seja ofertado de maneira harmônica e rápida ao paciente.

Arruda destaca que, no atendimento, cada etapa é de grande importância e toda a estrutura hospitalar conta. Desde a portaria, facilitando e auxiliando na entrada precoce do paciente até a indicação do tratamento pelo médico são etapas importantes para um bom funcionamento. “Consideramos que a chegada e triagem pela equipe de enfermagem, avaliação pelo emergencista e atendimento rápido pelo neurologista são fundamentais. No tratamento do AVC, cada minuto conta. Então, o seguimento de um protocolo permite uma maior agilidade no atendimento e garantem um padrão para o tratamento”, revela.

AVC

O Dr. Rafael explica que o tempo de atendimento é fundamental para minimizar os danos causados pela doença. Por isso, é importante ficar atento aos principais sinais, como alteração de fala, de consciência, da simetria facial e alteração de força, especialmente com início abrupto, que podem indicar um AVC.

A eficácia do atendimento conta com melhorias, como o contato precoce com o médico emergencista, acesso ao transporte (inclusive aéreo), que são feitos rapidamente através de grupo organizado para o protocolo, acesso aos exames de imagem antes da chegada do médico e, ultimamente, a possibilidade de ofertar o tratamento mecânico são avanços que permitem atendimento e tratamento mais eficazes.