A gestão de hospitais é um tema de vital importância para a saúde pública no Brasil. Em um cenário onde a demanda por serviços de saúde só cresce, a eficiência e a qualidade do atendimento são prioridades máximas. A gestão de um hospital pode ser realizada por diferentes modelos, incluindo a gestão pública, privada e filantrópica. Cada um desses modelos tem suas particularidades e contribuições específicas para a comunidade. Entender essas diferenças é crucial para reconhecer a importância da gestão comunitária e filantrópica na prestação de serviços de saúde.
O Hospital Regional do Oeste (HRO) foi fundado em outubro de 1986, e por conta do seu crescimento e expansão, em 1997 foi necessário ter com uma gestão comprometida e de excelência. Desde então, a Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira (ALVF) administra o hospital e promove o crescimento e o desenvolvimento contínuo. A ALVF é uma entidade sem fins lucrativos que atua como prestadora de serviços do Sistema Único de Saúde, o SUS, e se dedica à filantropia em todas as suas formas. Além disso, opera com um modelo de gestão comunitária, onde todos os membros da Associação são voluntários e representantes das entidades do Oeste de Santa Catarina, o que permite uma compreensão mais profunda e uma defesa mais eficaz das necessidades reais da nossa região.
Acompanhe abaixo a diferença dos tipos de gestão de hospitais:
Gestão pública
A gestão pública de hospitais é administrada diretamente pelo governo, seja federal, estadual ou municipal. Nesse modelo, o financiamento provém majoritariamente dos impostos arrecadados, e a administração é feita por servidores públicos. A principal vantagem desse modelo é a universalidade do atendimento, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde. No entanto, a gestão pública enfrenta desafios significativos, como a burocracia, a escassez de recursos, e a dificuldade em implementar inovações de forma ágil.
Gestão Privada
A gestão privada de hospitais é realizada por empresas que visam o lucro. Esses hospitais são financiados por recursos próprios e pela cobrança de serviços dos pacientes ou de seus planos de saúde. A principal vantagem desse modelo é a eficiência administrativa e a capacidade de investimento em infraestrutura e tecnologia. No entanto, a gestão privada pode resultar em um acesso mais restrito, uma vez que os serviços são cobrados e podem não ser acessíveis a toda a população. Neste modelo todos os membros da gestão são remunerados por seus serviços
Gestão filantrópica
A gestão filantrópica é realizada por organizações sem fins lucrativos, que administram hospitais com recursos provenientes de doações, convênios com o governo e parcerias com a iniciativa privada. Esses hospitais, muitas vezes, possuem um papel essencial em regiões onde o acesso à saúde é mais precário. A gestão filantrópica combina a eficiência da gestão privada com a missão social de atender a comunidade de forma ampla e inclusiva. Neste modelo os membros dos conselhos ou diretorias executivas não recebem remuneração e suas empresas não podem ter vínculo algum com a instituição.
A importância da gestão comunitária e filantrópica
A gestão comunitária e filantrópica se destaca por sua capacidade de mobilizar recursos e esforços da sociedade civil em prol do bem comum. Hospitais filantrópicos, por exemplo, frequentemente realizam campanhas de arrecadação de fundos, envolvem voluntários e estabelecem parcerias com empresas e governos para garantir o atendimento à população. Essa mobilização não só aumenta a capacidade de atendimento, mas também fortalece os laços comunitários e promove a responsabilidade social.
A eficiência e a eficácia da gestão comunitária e filantrópica dependem crucialmente da capacitação dos profissionais envolvidos. Ter uma equipe bem treinada e qualificada é fundamental para garantir que os recursos sejam utilizados da melhor maneira possível e que o atendimento aos pacientes seja de alta qualidade. Profissionais capacitados trazem consigo não apenas conhecimento técnico, mas também habilidades de gestão, empatia e capacidade de resolver problemas complexos de forma inovadora.
Em um hospital regional, a gestão comunitária e filantrópica pode fazer a diferença no atendimento dos pacientes.. Esses hospitais são conhecidos por prestar serviços de alta qualidade, mesmo em áreas onde a gestão pública enfrenta dificuldades devido à falta de recursos. Além disso, a proximidade com a comunidade permite uma melhor compreensão das necessidades locais, resultando em um atendimento mais humanizado e eficiente.
É importante reforçar que cada modelo de gestão hospitalar tem suas vantagens e desafios. No entanto, a gestão comunitária e filantrópica se destaca pela sua capacidade de combinar eficiência administrativa com um forte compromisso social. Em um hospital com alcance regional, essa abordagem pode ser a chave para proporcionar um atendimento de qualidade, acessível a todos, independentemente de sua condição econômica. Ter profissionais capacitados é essencial para maximizar os benefícios dessa gestão, assegurando que os recursos sejam bem utilizados e que a comunidade receba o melhor cuidado possível. Ao fortalecer e apoiar a gestão comunitária e filantrópica, estamos investindo na saúde e no bem-estar de toda a comunidade.
Comments