Precisar encarar um tratamento de uma criança em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma jornada que ninguém espera viver, um momento de fragilidade e apreensão para as famílias e para os pequenos. Por isso, a UTI Pediátrica é um dos espaços onde o carinho e o cuidado no atendimento fazem ainda mais diferença.
Em 2024, o Hospital Regional do Oeste (HRO), administrado pela Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira (ALVF), conquistou a habilitação de cinco novos leitos para UTI Pediátrica, dobrando a sua capacidade, de cinco para 10 leitos.
A Enfermeira da UTI do HRO Gloriana Frizon, destaca que, com a mudança, foram necessárias outras adaptações, como a contratação de mais 10 técnicos de enfermagem, aquisição de equipamentos como ventiladores mecânicos, monitores multiparâmetro, bombas infusoras, camas, berços e materiais de insumo, entre outros.
Para ela, muito além da estrutura física, a qualificação da equipe é o principal diferencial do setor. “O maior impacto está na capacitação dos profissionais para atuar com crianças extremamente graves”, ressalta.
Carinho e acolhimento que fazem a diferença
A ampliação das vagas permite o atendimento do dobro de crianças que precisam de tratamento intensivo e a taxa de ocupação dos leitos gira em torno de 97% ao mês, com uma média de permanência de 12 dias. Uma mudança que salva vidas, como a de Gabriel Henrique Velasques de Macedo, de 14 anos, paciente que já enfrenta um longo tratamento.
Com Osteossarcoma pela segunda vez, o menino está internado há mais de 40 dias, e para a mãe, Marinês, teve a vida salva pela equipe da UTI Pediátrica do HRO. “Ele chegou aqui muito debilitado, muito mal, ficou entubado, em estado gravíssimo e a cada dia, um passinho de cada vez, a equipe daqui conseguiu fazer ele voltar. O Gabriel voltou pra nós como um milagre”, salienta.
Marinês, que passa pelo menos 12 horas por dia com o filho, destaca a atenção da equipe do HRO para além das necessidades médicas do filho e dos familiares. “Passamos o dia aqui bem tranquilas com o acolhimento que eles dão para a gente e o Gabriel é muito bem cuidado, todos adoram ele. Como está aqui há muito tempo, pede para passear, sair do quarto e eles fazem a vontade dele, levam passear, ver a vista lá fora para se distrair e ele volta para o quarto renovado. É muito bom, o cuidado deles é muito maravilhoso, tanto com ele quanto com todas as crianças e familiares que estão aqui”, comenta.
A melhora do filho, que também está fazendo sessões de quimioterapia, surpreende e emociona a mãe. “Quem viu o Gabriel antes não acreditaria que está neste estado pelo cuidado delas, que tem muito carinho e amor por ele. Importante agora é a recuperação dele a cada dia, até chegar o grande dia, que é o que a gente mais tem esperanças, de ele voltar para casa”, afirma.
"A cada dia, um passinho de cada vez, a equipe daqui conseguiu fazer ele voltar. O Gabriel voltou pra nós como um milagre”, Marinês Velasques de Macedo.
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