Tratamento de doenças malignas e benignas do sangue envolve equipe multiprofissional e atendimento humanizado
A Hemato-Oncologia é responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças malignas e benignas do sangue, como leucemia mieloide aguda, linfocítica aguda, mieloide crônica, linfocítica crônica, linfoma de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, mieloma múltiplo, síndromes mielodisplásicas, anemias aplásicas, entre outras.
Segundo a Enfermeira Coordenadora do Departamento de Oncologia do HRO, Gisele Fiori Borges (Coren/SC 468944), os tratamentos variam de acordo com o tipo e gravidade da doença, podendo incluir quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea.
No Hospital Regional do Oeste, para os pacientes encaminhados ao setor de Hematologia com diagnóstico de doenças como leucemia mieloide aguda, por exemplo, o tempo de internação é, em média, de 30 a 40 dias internados, o que gera uma proximidade grande com os profissionais, diferente das outras áreas, segundo a coordenadora.
Gisele destaca que a maioria dos pacientes são jovens e o impacto na mudança da rotina é grande. “Eles estudam, trabalham, muitos têm filhos pequenos e do nada se veem dentro do hospital por todo esse tempo. Nos colocamos no lugar deles, de estar tanto tempo afastados da família”, afirma.
Pensando nisso e no impacto que essas questões geram no bem-estar do paciente, Gisele destaca que um dos grandes diferenciais do setor é a humanização, a atenção global aos pacientes e à família, que acaba fazendo parte do processo. “Em outros outros lugares não é possível ficar com acompanhante, por exemplo, o que aqui é permitido”, comenta.
No HRO, os pacientes também não precisam esperar para se tratar, estando com diagnóstico fechado, o tratamento é iniciado imediatamente, não havendo fila de espera para a quimioterapia.
O Setor de Hemato-Oncologia é referência para todos os 132 municípios da área de abrangência do HRO.
No momento, o hospital está em processo de habilitação para transplante de medula óssea autólogo e também para a Hematologia Pediátrica.
Recuperação que permite recomeço
“Eu só posso agradecer a todos os profissionais de saúde que me atenderam, [...] porque todos desempenharam o seu papel e fizeram com que eu estivesse aqui hoje, podendo contar um pouco da minha história”, Vitor Sabbi, paciente.
Em julho de 2023, Vitor Sabbi, de 28 anos, recebeu o diagnóstico de um linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que ocorre no sistema linfático. Para ele, este foi um dos piores momentos durante o processo que enfrentou, por conta das dúvidas e falta de conhecimento sobre a doença. “É muita angústia, muito medo, você acaba tendo que lidar com um turbilhão de emoções. Eu ficava me perguntando porque comigo? Porque isso agora? O que eu fiz de errado?”, relata.
Depois do susto inicial, Sabbi comenta vieram ainda mais questionamentos, já que, por não ter plano de saúde, recorreu ao SUS para fazer o tratamento. “Quando eu cheguei no Hospital Regional, eu fiquei muito surpreso com a estrutura do próprio hospital e também dos profissionais que lá trabalham. Sempre fui muito bem atendido, me deparei com toda uma equipe multidisciplinar, toda uma estrutura, toda uma equipe para atender. E isso tudo faz a diferença no tratamento em si, mas também para a pessoa, para o paciente que está lá”, reforça.
Após um ano de tratamento, os resultados surpreenderam e Vitor está em remissão completa da doença, com 100% de resposta ao tratamento, algo raro, de acordo com Gisele. “Eu só posso agradecer a todos os profissionais de saúde que me atenderam, médicos, enfermeiras, técnicas de enfermagem, psicólogas, porque todos desempenharam o seu papel e fizeram com que eu estivesse aqui hoje, podendo contar um pouco da minha história”, comenta o paciente.
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